Com o fim do mês de agosto, as trabalhadoras que asseguram serviços de limpeza para a Câmara Municipal de Sintra, em regime de outsourcing à Ambiente e Jardim, continuam sem receber. São mais de 150 pessoas com dois meses de salário em atraso, muitas delas a passar dificuldades.
Na terceira semana de agosto, perante os atrasos nos pagamentos e a pressão das trabalhadoras, a Câmara de Sintra decidiu avançar com rescisão de contrato com a Ambiente e Jardim e com a adjudicação dos serviços de limpeza a outra empresa, o que só se verificou hoje, dia 1 de setembro.
A 16 de agosto, o presidente da Câmara de Sintra Basílio Horta comprometeu-se publicamente, perante as trabalhadoras e representantes do Bloco de Esquerda, com um apoio financeiro de emergência a todas as trabalhadoras com salários em atraso, a que teriam acesso de forma simplificada.
Esta promessa não foi cumprida, uma vez que:
O Bloco de Esquerda insta a Câmara de Sintra a uma maior celeridade na concessão e pagamento dos apoios a todas as trabalhadoras que prestaram serviços nos seus espaços em nome da Ambiente e Jardim e que ficaram sem dois meses de salário.
Apesar das dificuldades porque muitas estão a passar, as trabalhadoras mantiveram a sua atividade com a regularidade possível. Saudamos a sua luta e esforço!
Por fim, o Bloco de Esquerda considera a contratação de uma nova empresa de outsourcing para prestação de serviços de limpeza como uma medida temporária. Estes serviços devem ser internalizados, uma opção que acabará com a precariedade e até trará poupança para a autarquia.
Aliás, registamos que Basílio Horta se comprometeu com as trabalhadoras e com um representante do Bloco de Sintra com a possibilidade de uma medida desta natureza vir a ser implementada. O Bloco de Esquerda está de acordo com esta opção e irá bater-se para que seja uma realidade.
Sintra, 1 de setembro de 2021
A coordenadora concelhia do Bloco de Esquerda