As trabalhadoras que garantem limpeza dos edifícios e espaços da Câmara de Sintra – como por exemplo os serviços da autarquia, centro de acolhimento de visitantes do Cabo da Roca, as bibliotecas e museus municipais ou os Centros de Vacinação Covid - continuam sem receber o salário de julho que lhes é devido pela empresa Ambiente e Jardim, entidade a quem o município concessionou os serviços.
Já passaram 13 dias desde que o alerta foi dado e, praticamente uma semana desde que o Bloco de Esquerda pediu explicações à Câmara de Sintra, o Executivo liderado por Basílio Horta persiste no silêncio, ignorando as dificuldades de cerca de 200 trabalhadoras.
O Bloco de Esquerda condena esta atitude e reitera que, enquanto entidade contratante, à Câmara de Sintra é exigida uma tomada de posição firme e pública em defesa dos direitos destas trabalhadoras, bem como apoio de emergência a situações de carência que já se fazem sentir.
Perante a manutenção da situação de incumprimento, a Câmara deverá seguir o exemplo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e avançar para a rescisão de contrato com a Ambiente e Jardim, garantindo que a nova entidade a contratar para prestação dos serviços de limpeza integra todas as trabalhadoras (ao abrigo da lei de transmissão de estabelecimento) e assume o pagamento dos salários desde o dia 1 de agosto.
O Bloco de Esquerda manifesta a sua total solidariedade com as trabalhadoras afetadas e as suas famílias. O seu trabalho é essencial para o bem estar e a segurança de todos e todas nós e merece ser reconhecido e tratado com dignidade.
Sintra 13 de Agosto de 2021