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A Política e a Cidadania

Em Fitares, como em tantas zonas do concelho, a recolha de lixo continua a ser insuficiente

Opinião de Carlos Brandão, ativista do Bloco de Esquerda em Rio de Mouro

Tantas vezes enquanto cidadãos nos questionamos acerca do crescimento da abstenção em cada ato eleitoral em Portugal. Depois de um jugo de 48 anos de ditadura, seria natural que a cidadania ecoasse alto e o dia de votar fosse, inclusive, um dia de festejo da liberdade e escolhas individuais que se espelham no coletivo intitulado de sociedade.

Tendo decorrido, ontem 18/11/2021, a Assembleia Municipal de Sintra, foi com estupefação que assisti ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Sintra, a protagonizar um ato, entre vários de profundo desrespeito pela democracia e pela cidadania. Um habitante da freguesia de Rio de Mouro, exercendo o seu direito/dever de cidadania, chamou a atenção para vários problemas que se arrastam em Fitares e em tantas outras zonas do Concelho, como a recolha ineficaz de lixo, o seu amontoar em cada espaço de recolha seletiva, as ervas daninhas por mondar, os poucos espaços verdes em total desleixo e abandono, estacionamento desregulado, desregrado, ilegal e sem soluções à vista. Perante este relato, Basílio Horta optou por desvalorizar o problema e a intervenção do munícipe, referindo nunca ter ouvido queixas semelhantes às que ali haviam sido feitas.

Ora, o Bloco de Esquerda, através das suas Redes Sociais e em sítio próprio tem insistentemente chamado atenção para todos esses problemas e até proposto soluções. Em que Concelho vive Basílio Horta para não se ter apercebido de tantas queixas registadas e informais dos cidadãos que pugnam por um lugar melhor para viver?

É urgente e inadiável uma resolução concreta e eficaz da recolha e tratamento de lixo em Sintra, indo aos locais, falando com as populações e com os comerciantes, percebendo das suas necessidades e prioridades e encontrar solução que a todos satisfaça, acima de tudo respeitando o meio ambiente numa lógica de total integração. Não podemos aceitar o argumento de Basílio Horta de desdém e descredito perante a cidadania e a democracia e sim há que apelar ao coletivo social que se mobilize e faça a positiva diferença na vida de todos e de cada um.