Esta segunda quinzena de junho marca o início de mais uma fase de desconfinamento na região de Lisboa, com reabertura de um conjunto de serviços públicos e espaços comerciais e o regresso à atividade presencial em muitas empresas.
No entanto, o retomar da atividade não está a ser acompanhado pela reposição das linhas de autocarros entretanto suprimidas, nem tão pouco pelo reforço da oferta existente antes da pandemia (já então insuficiente), de modo a garantir melhor transporte e mais segurança a um conjunto alargado de pessoas que dependem do transporte público para trabalhar ou ir à escola.
Em Sintra, as operadoras de autocarros mantêm horários reduzidos, funcionários em layoff e autocarros parados nas garagens, o que resulta em viagens com viaturas lotadas e dificuldade em manter as regras de higiene e distanciamento social que a crise de saúde pública impõem.
Trata-se de uma situação intolerável e altamente prejudicial à vida e bem estar da população do segundo maior concelho do país, onde se têm registado parte considerável dos novos casos de infecção por COVID-19 e uma cada vez maior afluência aos transportes.
O Bloco de Esquerda já levou o problema à Assembleia Municipal de Sintra (maio e junho), não tendo sentido da parte do executivo municipal a mesma firmeza com que, noutras ocasiões, o presidente da Câmara repudiou idênticos atropelos por parte da CP e exigiu a reposição e reforço de comboios.
O Bloco de Esquerda de Sintra lamenta esta atitude dos operadores de transporte e exige a reposição imediata e reforço urgente dos serviços. Instamos a Câmara de Sintra e o governo a uma atitude mais firme e exigente junto dos operadores para garantir mais e melhores transportes.
Sintra, 16 de Junho de 2020
Coordenadora Concelhia de Sintra