
Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica com contratos do tempo da gestão privada trabalham mais e recebem menos que restantes colegas. Vigília contou com presença solidária das candidaturas bloquistas de Sintra e Amadora.
As candidaturas autárquicas do Bloco de Esquerda de Sintra e da Amadora marcaram presença na vigília que os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra levaram a cabo no final desta segunda-feira.
Tânia Russo, médica e candidata à Câmara de Sintra, transmitiu a solidariedade do Bloco com o protesto e reforçou “a necessidade de valorização destes e de todas as trabalhadoras do SNS para garantir uma resposta adequada às populações de Sintra e da Amadora”.
Esta iniciativa vem reforçar a exigência de cerca de 200 TSDT que querem ver a sua carreira requalificada de acordo com os pressupostos do contrato coletivo que vigora para os colegas que trabalham na generalidade dos hospitais do SNS.
Algumas das TSDT concentradas em Frente ao Hospital Fernando da Fonseca explicam que a exigência se deve ao facto de, por ainda serem abrangidos pelo Acordo de Empresa ainda estabelecido no tempo da gestão privada, estarem a trabalhar mais uma hora e a receber menos que os seus colegas com contratos em funções públicas, situação que classificam como injusta.
Presente no local, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luis Dupont, explicou ao Esquerda.net que “há muito tempo se está a tentar fazer a adesão destes trabalhadores ao contrato coletivo dos hospitais EPE no sentido de reconstituir os seus contratos” para equiparação a um contrato em funções públicas.
O sindicalista adianta ainda que o conselho de Administração da ULS “diz que só avançará nesta matéria se tiver uma instrução clara por parte do Governo e da tutela e que por isso estamos num impasse, que motiva este protesto”, bem como a greve que se realiza esta terça-feira.