O Bloco de Esquerda realizou uma volta ao interior do concelho Sintra em transportes públicos para mostrar algumas das dificuldades sentidas pela população no seu dia a dia e para propor alternativas mais ecológicas para melhorar o direito à mobilidade.
Pedro Filipe Soares, Líder Parlamentar do Bloco de Esquerda:
“O Bloco de Esquerda está hoje na rua para mostrar como é necessário mais investimento nos transportes Públicos.
Sintra é um concelho grande mas tem uma parte mais periférica totalmente esquecida.
Quem está longe da linha do comboio, quem está longe do centro, fica longe também de transportes públicos de qualidade.
Prova-se isso na dificuldade em andar no interior do concelho, nós para irmos de uma freguesia à outra tivemos de ir a um concelho vizinho para fazer o transbordo, e prova-se isso também no preço dos bilhetes: 2,30€ para se poder andar nos transportes públicos é afastar as pessoas da mobilidade e isso significa reduzir direitos às pessoas.
É por isso necessário mudar e hoje sabemos que é possível eleger um vereador do Bloco em Sintra e essa mudança fará toda a diferença. Vamos à Luta!”
Ao longo deste dia, em Casal de Cambra, Almargem do Bispo, Sabugo, Pero Pinheiro, Lourel e Assafora, vimos, ouvimos e sentimos as dificuldades que as pessoas sentem nas suas deslocações diárias.
Disseram-nos que a oferta de autocarros é descoordenada e insuficiente. E que estas falhas se agravam durante a noite e ao fim de semana.
Viajámos em autocarros antigos e estivemos em paragens com pouco conforto. Aguentámos os atrasos.
Para percorrer cerca de 70 km em autocarro, cada passageiro desta viagem gastou 22 euros e 60 cêntimos. Durou 10h.
É possível ir e voltar a Coimbra de autocarro com com menos dinheiro e mais depressa
A Câmara Municipal tem sido pouco activa na defesa dos direitos dos e das munícipes à mobilidade, não exigindo às empresas privadas de transporte que garantam qualidade nos serviços que prestam.
A falta de transportes prejudica milhares de pessoas. Quem tem possibilidade, prefere usar o automóvel privado, quem não pode vê a sua qualidade de vida posta em causa.
A mobilidade é um direito e não um negócio. Para o Bloco de Esquerda, os transportes públicos são uma prioridade