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Governo não pode continuar a contribuir para a asfixia das pequenas e médias empresas

Fotos: André Beja

Bloco de Esquerda de Sintra visitou a Soprattutto, empresa em risco de encerrar por falta de capital para garantir a sua viabilidade financeira. Na opinião unânime de trabalhadores e administração, a continuidade da actividade e a manutenção de 41 postos de trabalho poderiam ser garantidas se o governo devolvesse 214 mil euros indevidamente cobrados pelo Ministério das Finanças à empresa.

Instalada desde 1997 no concelho de Sintra, a Soprattutto é uma das poucas marcas de capital exclusivamente nacional na área das máquinas de café de unidose e consumíveis. Já teve mais de uma centena de trabalhadores e foi reconhecida pelo carácter inovador de algumas das suas iniciativas, como o centro de formação sobre o Café.

Na opinião dos responsáveis e dos trabalhadores da empresa, a expansão desta área de negócio, a boa carteira de clientes e a viabilidade de um projecto de requalificação tecnológica a arrancar no início do ano que vem permitem vislumbrar futuro para esta unidade, mas a falta de recursos imediatos para garantir os compromissos com os trabalhadores e com os fornecedores está a turvar este horizonte da Soprattutto.

Segunda a administração, o problema poderia ser resolvido pela devolução de uma verba indevidamente cobrada pelo Ministério das Finanças, estando a aguardar ordem de pagamento desde 2009. Em Junho de 2013 o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda pediu esclarecimentos ao governo sobre este caso, mas não obteve qualquer resposta.

Luís Fazenda relevou o papel das pequenas e médias empresas no tecido económico do concelho e lembrou que “o governo não pode continuar a falhar com as suas obrigações e, desta forma, a contribuir para a asfixia desta e de outras empresas”. O candidato sublinhou a contradição do CDS nesta matéria e anunciando que vai interpelar o ministro Pires de Lima sobre o caso.