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Bloco reuniu com o movimento “Sintra sem Herbicidas”

Bloco reuniu com a "Sintra sem Herbicidas"
Bloco reuniu com a "Sintra sem Herbicidas"

A candidatura “Sintra em Comum” esteve reunida com uma delegação do “Sintra sem Herbicidas”, movimento cívico que, desde 2015, procura alertar a população do concelho de Sintra para os perigos da utilização de herbicidas no espaço público, nomeadamente o glifosato, e reivindicar junto dos e das autarcas a substituição destes meios químicos por meios mecânicos ou biológicos.

Os e as representantes do movimento fizeram um breve historial da sua intervenção no concelho, apontando algumas das actividades realizadas desde a fundação do movimento, em 2015, nomeadamente o contactos directos com autarcas e com a população, a acção directa de denuncia de uso de herbicidas no espaço público, com destaque para situações em que as poucas medidas preventivas previstas na lei não são cumpridas, e o lançamento, recolha de assinaturas e entrega de da petição “não ao uso de herbicidas em Sintra”, eu teve o apoio de mais de mil pessoas.

Reafirmando o compromisso nacional do Bloco de Esquerda pela erradicação do glifosato e de outros químicos, Carlos Carujo, candidato à Câmara de Sintra, reiterou que “esta será uma candidatura sem herbicidas e que autarquia deve adaptar os seus serviços e pugnar para que os serviços contratados para assegurar limpeza do espaço público cumpram este princípio”.   

Recorde-se que a Câmara Municipal de Sintra aderiu ao manifesto “Autarquia sem Glifosato” em 9 de Junho de 2015, tendo assumido um compromisso de redução progressiva da utilização deste pesticida até 2019. No entanto, o movimento SsH tem vindo a constatar que a utilização continua e aponta vários casos em que a informação pública sobre as intervenções com herbicidas foi deficitária – informação insuficiente ou pouco visível, omissão de nomes, utilização em espaços proibidos por lei, não utilização de equipamentos de protecção, etc.

Além disso, também constatam a falta de transparência na informação prestada pela Câmara e Juntas de Freguesia sobre a matéria – não é fácil encontrar dados sobre a aplicação do compromisso de redução de utilização de herbicidas nem uma comparação de custos que sustente o argumento tantas vezes utilizado, de que “a substituição é muito cara”.

Por seu lado, os bloquistas fizeram um apanhado das intervenções sobre a temática levadas a cabo durante o presente mandato nas diferentes assembleias de freguesia e na Assembleia Municipal, sempre na perspectiva do abandono do Glifosato.

 André Beja, candidato à Assembleia Municipal, esclareceu que, embora não tenha dúvida sobre os perigos de médio e longo prazo da exposição a este tipo de produtos, ”a existência de estudos contraditórios implica que o problema continue a ser analisado e a adopção de um princípio de precaução que se resume na ideia de que, perante as dúvidas sobre os efeitos de determinada exposição, devem ser sempre adoptadas medidas que protejam a saúde pública.

 

Para saber mais sobre:

Sintra sem Herbicidas (Ver aqui)

Glifosato (Ver aqui)

Decreto Lei que regula e limita utilização de herbicidas no Espaço Público (Ver aqui)