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Activista surdo alerta AM de Sintra para necessidade de políticas inclusivas

Hugo Parreira intervindo em LGP
Hugo Parreira intervindo em LPG

Hugo Parreira, activista pelos direitos da comunidade surda portuguesa, interveio na Assembleia Municipal de Sintra para alertar para urgência de um serviço intérprete língua gestual portuguesa nas repartições públicas.

A intervenção aconteceu a 23 de Fevereiro e foi feita em Língua Gestual Portuguesa (LGP), provocando espanto e dificuldades entre os/as presentes, pois a Autarquia não tem serviços de intérprete. Para colmatar esta dificuldade e fazer entender a sua reivindicação, Hugo Parreira distribuiu um texto com as palavras que proferiu.

A comunidade Surda enfrenta dificuldades de acesso aos serviços de saúde e outras repartições públicas, pois estes não se encontram preparados para receber cidadãos e cidadãs com deficiência auditiva.  

O Activista contou aos deputados e deputadas municipais que, em vez de garantir a autonomia das pessoas e providenciar serviço de intérprete, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo o aconselhou a dirigir-se ao Centro de Saúde acompanhado de alguém que consiga falar por ele.

Na intervenção dos/das autarcas, a bloquista Helena Carmo, sublinhou a necessidade de políticas inclusivas para os cidadãos e cidadãs com deficiência, recomendando que a CMS siga o exemplo da autarquia de Beja, que está a dotar os seus serviços de intérpretes.

Basílio Horta comprometeu-se com a formação de funcionários da câmara em LGP, de modo a conseguir responder a este desafio.

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Boa tarde.

Senhor Presidente da Assembleia

Senhor Presidente da Câmara

Senhoras e senhores vereadores

Senhoras e Senhores Deputados Municipais

Eu venho aqui chamar a  atenção à Câmara Municipal de Sintra  e a esta Assembleia, para o facto de eu ser surdo e a minha língua gestual portuguesa.

Queria pedir a Câmara Municipal de Sintra um serviço intérprete língua gestual portuguesa para os serviços saúde e outros serviços públicos.

Eu já enviei carta à direcção regional de Lisboa e Vale do Tejo e recebi a resposta que diz lamentar mas  que não há quadro para serviço de intérprete língua gestual portuguesa.

É triste mas eu estou aqui para mostrar aos políticos este problema.

Para “ abrir olhos”  olhar para nós.

A comunidade surda portuguesa precisa intérprete língua gestual portuguesa para todos os serviços públicos.

Sei que é responsabilidade do governo, mas venho pedir o vosso apoio, porque vivo no Algueirão.

Obrigado.

Hugo Parreira