Massamá e Monte Abraão: melhores locais para viver

Na tomada de posse dos órgãos autárquicos da União das Freguesias de Massamá e Monte Abraão, o bloquista José Barroso Dias reafirmou que o objetivo da intervenção do Bloco para os próximos quatro anos é contribuir para "transformar Massamá e Monte Abraão em locais melhores para nascer, para crescer, para aprender, para trabalhar, para investir, para desfrutar, para envelhecer, em suma, para viver".

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Intervenção de José Barroso Dias, Eleito do Bloco de Esquerda na Assembleia da União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão

Senhor Presidente do Executivo, Senhor Presidente da Assembleia de Freguesia, membros do executivo, eleitos e eleitas dos diversos partidos políticos à Assembleia de Freguesia, representantes das diversas entidades, restantes convidados, fregueses e freguesas de Massamá e Monte Abraão, trabalhadores da Junta de Freguesia, restantes cidadãos e cidadãs.
O mandato que nos foi outorgado pelos fregueses e freguesas de Massamá e Monte Abraão para estarmos aqui hoje a tomar posse do nosso lugar na nova Assembleia de Freguesia, representa uma enorme responsabilidade para quem aqui representar o Bloco de Esquerda.
Embora a nossa representatividade tenha ficado mais curta, resultado pelo qual não alijamos qualquer tipo de responsabilidade, temos todos de reconhecer que as circunstâncias que rodearam estas eleições, bem refletidas nos resultados finais, também influíram de uma forma determinante no nosso resultado.
Nesta nova circunstância, o programa e objetivos do Bloco de Esquerda para os próximos quatro anos, continuarão a pautar-se pelo mesmo propósito: transformar Massamá e Monte Abraão em locais melhores para nascer, para crescer, para aprender, para trabalhar, para investir, para desfrutar, para envelhecer, em suma, para viver. O Bloco de Esquerda quer ser protagonista nesta mudança e fazer da nossa União de Freguesias um local em que dê gosto viver.
Para que isto seja possível, os poderes, nomeadamente o poder autárquico na nossa União de Freguesias, terá de levar a cabo uma política mais efetiva e consolidada, baseada em 4 eixos fundamentais:
1) A resposta à crise sanitária, económica e social que afeta muita da população e dos pequenos empresários, das nossas freguesias;
2) Uma Agenda Local para o combate à Emergência Climática, para que não se perca mais tempo, pois não existe um planeta B;
3) O aprofundamento da transparência e de uma democracia participativa, em todos os atos que envolvam os poderes autárquicos e a comunidade pois, quanto mais informada, envolvida e participante se mostrar, mais forte será esta comunidade;
4) A defesa de valores éticos e de direitos humanos, sejam eles a abolição de qualquer tipo de discriminação e o combate ao discurso de ódio e à intolerância, seja a defesa do bem-estar animal.
É na defesa do aprofundamento destes quatro eixos de intervenção, que o Bloco de Esquerda contribuirá com todo o seu trabalho, saber, ideias, entusiasmo e empenho, e assumirá os compromissos que se mostrarem necessários, sem nunca desvirtuar o programa do nosso partido nem a sua história política. Os valores e princípios do Bloco de Esquerda nunca estarão em causa, porque não são negociáveis.
Quem em nós, e no nosso programa confiou, bem como todos os outros fregueses e freguesas de Massamá e Monte Abraão, os restantes membros desta câmara e também, o futuro executivo da União de Freguesias, podem esperar da nossa parte uma forte contribuição e um grande empenhamento na discussão e preparação dos mais importantes planos e documentos para a nossa União de Freguesias, sempre no respeito do nosso compromisso para com os nossos eleitores, e do nosso programa.
Mas porque estamos bastante preocupados quanto à possibilidade dos debates no seio da nossa Assembleia de Freguesia não continuarem estritamente dentro dos limites do jogo democrático, tendo em conta os resultados das eleições do passado dia 26 de setembro, fazíamos desde já um apelo a todos e a todas que foram agora eleitos ou reeleitos, para o novo quadriénio desta AF que, seja qual for a força partidária que representem ou sejam independentes, não se iludam e não cedam, de nenhuma forma, ao discurso populista e à demagogia. As decisões políticas não deverão ser tomadas tendo só em conta a aritmética circunstancial dos votos, nem alianças conjunturais ou pontuais, que desvirtuem os programas eleitorais e a história de cada um dos partidos aqui representados. São os princípios, os valores e as convicções, na defesa dos direitos e anseios da nossa comunidade, que deverão nortear as decisões de todos e de todas nós, sendo que cada um e cada uma, terá de assumir a responsabilidade dos seus votos e dos seus compromissos nesta Casa.
Termino hoje como terminei a minha intervenção na última Sessão Ordinária desta AF, no passado dia 28: ”Acreditamos que os próximos 4 anos serão bem mais desafiantes do que aqueles que agora terminam, não só pelas vicissitudes da composição da nova Assembleia mas, sobretudo, pela obrigação de termos de enfrentar o que resta da crise sanitária e a remanescente crise económica, social e também climática, de uma forma assertiva e consequente, para a melhoria efetiva da qualidade de vida das populações. Foi para isso que fomos eleitos ou reeleitos, é isso que a nossa comunidade espera de nós, e ela não nos perdoará se falharmos.

Bom trabalho para todos e para todas.
Muito obrigado.
Disse.