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A pandemia e a crise: hoje e o futuro

A pandemia continua instalada e o país confinado, com muitos avanços e recuos, dúvidas e hesitações. Enquanto esperamos que a crise sanitária possa melhorar nas próximas semanas, a crise social e económica vai-se instalando e tenderá a piorar se o governo não continuar a tomar medidas urgentes e necessárias, como o BE tem exigido. Para minorar a crise sanitária, a testagem terá de aumentar significativamente, o rastreio dos infetados e seus contágios terá de ser mais eficaz, e o plano de vacinação terá de ser o mais coerente e acelerado possível, pressionando as instâncias da UE para que obrigue as farmacêuticas a cumprir os contratos. No plano social e económico, os apoios terão de ser mais abrangentes, efetivos, rápidos e eficazes e ter como referência, no mínimo, o limiar de pobreza. Deverão abranger todos os que têm sido afetados por esta pandemia, especialmente os mais frágeis, os mais precários, os pequenos empresários, e muitos outros, que terão de ser apoiados de uma forma significativa.
Os Planos de Recuperação e Resiliência, seja ao nível do Governo Central ou Municipal, terão de ser uma resposta eficaz e justa, à crise social e económica que se prolongará e agudizará nos próximos tempos. Terão de aproveitar ao máximo os valores da “bazuca” europeia, que esperamos serem significativos e não se transformarem num fardo insuportável para o futuro. Justiça social, desperdício zero, planeamento, controlo, escolha criteriosa dos investimentos, terão de nortear a aplicação destes fundos.
Como o BE tem afirmado, não deixar ninguém para trás e começar desde já a construir um futuro pós-pandémico, mais justo e mais solidário, deverá ser o objetivo.

José Barroso Dias
Rosa Maria Pereira
Eleito e eleita do Bloco na AF da União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão

Artigo publicado em "ACONTECE - Massamá e Monte Abraão em notícias", Fevereiro de 2021