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A Cultura como direito essencial

Bloco debateu Cultura
Bloco debateu Cultura

O Bloco de Esquerda de Sintra realizou mais um debate da série “pensar o concelho de Sintra em Comum” integrado no seu processo participativo de construção do programa eleitoral para as próximas eleições autárquicas.

O tema deste terceiro encontro foi “que cultura queremos?” e, para o debater, o BE convidou associações e agentes culturais do concelho.

A sessão foi dinamizada por Rui Matoso, professor e investigador de políticas culturais que defendeu a necessidade de despartidarizar os apoios das autarquias ao sector cultural criando mecanismos transparentes que não sejam dependentes das vontades e gostos de presidentes ou vereadores. Matoso criticou ainda a ausência de uma visão estratégica nas políticas culturais autárquicas.

Entre as muitas preocupações apresentadas estiveram o fraco investimento municipal no sector da cultura, a permanência de uma divisão entre cultura de elite e cultura popular, as carências de infraestruturas culturais no concelho, a necessidade de articulação dos agentes culturais entre si e com os agentes educativos e as formas de incrementar os distintos papéis de entidades profissionalizadas e de grupos amadores, associações recreativas, Universidades Seniores e grupos informais.

André Beja, cabeça de lista do BE à Assembleia Municipal falou nas potencialidades da partilha de recursos nos vários tipos de grupos culturais “que não é prioridade da autarquia mas que deveria ser”.

Carlos Carujo, candidato à Câmara Municipal de Sintra pelo Bloco de Esquerda, sintetizou o debate apresentando a cultura enquanto um direito essencial e pluridimensional que engloba “o direito à criatividade, à expressão e à fruição; o direito à vivência de comunidade e ao sentido de lugar, à pluralidade e ao encontro; o direito ao património material e imaterial e à memória; o direito à educação e ao desenvolvimento do pensamento crítico.”

VER TAMBÉM: QUE CULTURA QUEREMOS?