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Catarina Martins: Consequência dos cortes na Saúde estão à vista

Protesto no Amadora Sintra - Fotografia André Beja
Protesto no Amadora Sintra - Fotografia André Beja

Em protesto contra a falta de capacidade do Hospital Amadora Sintra para servir os utentes da sua área, a Comissão de utentes do concelho de Sintra marcou presença junto desta unidade de Saúde.
“O hospital foi projectado para dar resposta a 350 mil utentes entre o concelho de Sintra e o concelho da Amadora. Temos, neste momento, cerca de 650 mil utentes e uma série de problemas naquela que é a retaguarda fundamental: os cuidados de saúde primários que funcionam nos centros de saúde”, criticou Paula Borges, citada pela Rádio Renascença.
Presente nesta manifestação que juntou dezenas de pessoas, a porta-voz do Bloco de Esquerda acusou o Governo de "fazer de conta que se podia cortar no SNS sem cortar nas pessoas. Mas está bem à vista que isso não era verdade", contrapôs Catarina Martins. A porta-voz bloquista defendeu que "é preciso aumentar o acesso aos cuidados básicos de saúde para evitar a corrida às urgências, apostando na resposta dos médicos de família e enfermeiros de família". Catarina Martins lembrou a proposta do Bloco para que nas unidades com urgências polivalentes e médico-cirúrgicas seja criada uma urgência básica para atender a casos sem complexidade, em que são atribuídas as pulseiras verde e azul.
"Não se compreende que num país onde médicos e enfermeiros são obrigados a emigrar se assista ao caos no acesso aos cuidados de saúde como o que ficou bem patente nas últimas semanas", concluiu Catarina Martins.
Em comunicado, o Bloco de Esquerda/Sintra defendeu que "as dificuldades vividas nos Centros de Saúde e no hospital Amadora Sintra não são fruto de um mero “pico de afluência” mas sim resultado da falta de instalações e equipamentos, de pessoal e de material, tendo o aumento da procura posto a nu um quadro de precariedade que a política de austeridade vem agravando". Para inverter esta situação, a concelhia do Bloco em Sintra defende que "não podem continuar em lista de espera nem manter-se como inconsequentes promessas" o reforço de pessoal, a construção de novos centros de saúde, o alargamento do Hospital existente e a construção de uma nova Unidade.